A única coisa de comer são palmitos num vidro fechado e ovos.
Você desiste dos palmitos porque vai abri-los e vão perder, porque você viaja no dia seguinte. Faz um omelete.
Que queima.
Monday, June 30, 2008
Sunday, June 29, 2008
Wednesday, June 25, 2008
Wednesday, June 18, 2008
Friday, June 13, 2008
Nenhuma palavra é necessária. Duzentas batidas por minuto derretendo atos e fatos. E o sorriso dela ali, logo à frente, já encerrado no seu destino. Caminho sem volta: você não vê mais nada e dá um passo, dois passos, três passos. Duzentas batidas por minuto e mais nada existe. Suas mãos estão dentro dos bolsos, e então, no quarto passo, você pára a poucos milímetros dela. O sorriso, os olhos. E então você também sorri, já sem cerimônia alguma. E sabendo de tudo o que está para acontecer a cada batida que passa, você, com as mãos ainda nos bolsos, apaga sua visão. Sabendo de tudo, você inclina o que você é, e, em algum pouco tempo, o sentimento que é sua boca percebe uma leve pressão – tão leve que nem chega a ser pressão. E o sentimento boca se umedece durante o encontro, e os lábios tomam um gosto adocicado... sim, é batom. Duzentas batidas por minuto (e a consciência existindo no intervalo entre elas), suas mãos no bolso, seus lábios nos lábios e o tudo nisso condensado. Nada mais, nada mais. Nada mais a não ser um detalhe do sentimento – a língua – que aparece consciente, e faz-se de curiosa. Enquanto a consciência se estica entre essa e esta batida, você percebe também as mãos dela repousando nas curvas entre os seus ombros e braços. E a língua deseja ir além de si, extrapolar a você mesmo. Indo, percebe em espelho a língua dela. A respiração perdida, as batidas em quente, a língua e a língua. Dois vocês, em um só espaço. Suas mãos tornam a existir e saem dos bolsos, num instinto precedido por uma rápida dúvida (você sempre se pergunta o que fazer com as mãos), e rumam à cintura dela. Ali param. Línguas. Você movimenta lentamente a cabeça, e vê seus dentes arranhando os dela. Línguas novamente. O movimento que você faz dentro do sentimento boca conduz-lhe ao tudo. Nada mais é preciso. Nada se vê, se pensa, se ouve, se vive. Duzentas e poucas batidas, e uma delas faz seu rosto sentir mãos tentando esculpi-lo. Talvez seja mais que uma latência em escultura: é o desejo puro de poder possuir. Ao cair nesse pensamento, você sobe lentamente suas mãos pelas costas dela, modelando também tudo o que naquele instante é seu. E ela segura seu rosto com mais força, e te procura com mais convicção através da língua. Mas, de repente, tudo pára. A quebra do acontecimento – sutil, sutil – faz você abrir lentamente seus olhos, que, próximos do sorriso dela, te fazem sorrir. E ela, desejando ainda o transe, crava os dentes no seu lábio inferior, fazendo a você um sentimento que é cócega, tato, aperto e logo dor. Você fecha os olhos e se concentra na mordida cada vez mais intensa. E, seja lá de onde venha tal desejo, você o cumpre: aperta-se, comprime seus maxilares, explode-se de pouco em pouco. Assim que se liberta dos dentes dela, você busca novamente a boca, e a encontra surpreendentemente violenta. Forte. Sente uma mão lhe subindo a testa, entrando em seus cabelos e empurrando os fios todos para trás. Surpreso, você abre os olhos, sorri (e agora ela estava de olhos fechados), e lembra-se da música explodindo seus tímpanos. Mesmo que nenhum pensamento lhe diga nada, você sabe que tudo aquilo é bom, e que, portanto, merece acontecer. E você continua captando-a, tomando-a, bebendo-a, roubando-a, mastigando-a, delirando-a, vivendo-a. Você quase a faz você. Nenhuma palavra é necessária.
Tuesday, June 10, 2008
Saturday, June 07, 2008
Tuesday, June 03, 2008
Yahoo respostas
- Extensão .MDI Como instalar o programa que tem esse tipo de arquivo?
- Olha eu ñ sei responder sua pergunta mas gostaria de te conhecer melhor lembra de mim eu sou aquela q/ respondeu sua pergunta me mandeseu e-mail o meu é marcelaestudiosa@yahoo.com.br
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Monday, June 02, 2008
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